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Relação Sexual no Pós-Parto: Quando Dói, a Culpa Não É Tua (e Há Solução)

Há temas que continuam a ser sussurrados, mesmo entre mulheres. A dor na relação sexual depois do parto é um deles. Há quem pense que é “normal”, que “passa com o tempo”, ou pior, que é sinal de falta de vontade, bloqueio emocional, ou que o corpo “ainda não voltou ao normal”.
Mas vamos pôr isto de forma clara:
Se sentes dor ou desconforto durante as relações sexuais depois do parto, não estás sozinha. E não precisas de aguentar em silêncio.
Na maioria dos casos, há causas físicas claras para esse desconforto, e a boa notícia é que a fisioterapia pélvica pode ajudar. Muito.

 

Por que é que isto acontece?

O parto (seja ele vaginal ou por cesariana) deixa marcas no corpo. As hormonas mudam, o pavimento pélvico sofre alterações, a lubrificação natural pode diminuir (especialmente se estás a amamentar) e a tua atenção está toda voltada para o bebé (e para sobreviver ao cansaço).
Se tiveste uma laceração, episiotomia ou mesmo uma cesariana, pode haver tensão, dor ou hipersensibilidade na zona pélvica. E mesmo sem feridas visíveis, o corpo pode estar em modo “defesa”, como se não estivesse pronto.

 

“Mas o médico disse que estava tudo bem…”

Sim, muitas mulheres ouvem isso. E, mesmo assim, continuam a sentir dor.
A questão é que os exames médicos avaliam o que é visível, anatómico, clínico. Mas a função muscular, o movimento, o relaxamento, a resposta ao toque, isso só se avalia em contexto funcional, como acontece numa consulta de fisioterapia pélvica.
Ou seja: o desconforto pode existir mesmo sem “problemas clínicos”.

 

E o que pode a fisioterapia pélvica fazer?

Através de uma avaliação cuidada (e sempre respeitosa), a fisioterapeuta pode perceber:
   • Se há tensão ou rigidez nos músculos do pavimento pélvico;
   • Se há cicatrizes ou aderências que precisam de trabalho local;
   • Se a respiração está a influenciar negativamente a zona pélvica;
   • Se o corpo está a reter medo, defesa ou tensão involuntária.

Com base nisso, o plano pode incluir:
   • Técnicas manuais para libertar pontos de tensão;
   • Reeducação da respiração e do relaxamento perineal;
   • Exercícios de consciencialização corporal e alongamento;
   • Orientações práticas para retomar a intimidade de forma gradual e segura.

Tudo isto com cuidado, empatia e ao teu ritmo.

 

E se for “só” falta de vontade?

Também pode acontecer. O desejo sexual nem sempre aparece logo após o parto, e há muitos fatores a influenciar isso: o cansaço, o toque constante do bebé, a imagem corporal, as hormonas, o estado emocional.
Mas é importante distinguir entre não sentir vontade e querer mas não conseguir porque dói. Neste segundo caso, o corpo pode estar a pedir ajuda.

 

O teu conforto importa

Há quem diga “tem paciência, isso passa”, ou “é assim com toda a gente”. Mas não devia ser.
O prazer não tem de ser adiado indefinidamente. O desconforto não é o preço a pagar por seres mãe. A dor não deve ser um hábito.

 

Se estás em Espinho ou arredores…

Na região de Espinho, Gaia, Santa Maria da Feira, Ovar, Esmoriz ou Arcozelo, encontras na Romã fisioterapeutas com formação específica na reabilitação pélvica no pós-parto. Que te escutam sem pressa, que respeitam o teu tempo e que sabem que o corpo não é só músculo,  é memória, sensação, cuidado.

 

Em resumo?

Dizer que dói é o primeiro passo. Procurar ajuda é o segundo.
Há solução, há profissionais que compreendem e há formas suaves de voltar à intimidade sem dor.
Se quiseres perceber se este é o momento certo para começar, estamos por aqui.

 

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