Diástase Abdominal e Pavimento Pélvico: Como a Fisioterapia Ajuda a Recuperar de Forma Segura
Depois do parto, muitas mulheres notam que a barriga continua “estranha”: mais flácida, mais saliente, como se ainda estivessem grávidas de alguns meses, mesmo semanas depois do nascimento do bebé.
Em alguns casos, o que está por trás disso é a diástase abdominal: a separação dos músculos retos do abdómen que ocorre naturalmente durante a gravidez, mas que nem sempre se fecha sozinha no pós-parto.
E o que muita gente não sabe é que essa separação tem ligação direta com o pavimento pélvico, e por isso, a recuperação deve ser feita de forma integrada. É aqui que entra a fisioterapia pélvica.
O que é afinal a diástase?
Durante a gravidez, os músculos abdominais afastam-se para dar espaço ao bebé. Isso é esperado, fisiológico. O problema surge quando, após o parto, esses músculos não regressam à sua posição original, deixando uma zona de fragilidade na linha média do abdómen.
Essa fraqueza pode causar:
• Barriga “empurrada” para a frente;
• Sensação de instabilidade no core;
• Dores lombares;
• Dificuldade em levantar, carregar ou até respirar com profundidade.
E sim, pode contribuir para sintomas como incontinência urinária e sensação de peso vaginal, porque tudo está ligado: abdómen, pavimento pélvico, respiração e postura formam um sistema que trabalha em conjunto.
Então o pavimento pélvico também é afetado?
Sim. Se a parede abdominal está fragilizada, o pavimento pélvico tende a compensar, o que pode levar à sobrecarga, tensão excessiva, ou até à sensação de que “tudo está a descer”.
Por isso, focar só na barriga pode ser um erro. Trabalhar a diástase sem olhar para o pavimento pélvico é como tentar consertar um lado da ponte enquanto o outro continua instável.
O que faz a fisioterapia pélvica nestes casos?
Um acompanhamento especializado vai avaliar:
• A profundidade e largura da diástase;
• A funcionalidade da parede abdominal (não só se “abre”, mas como reage ao esforço);
• A coordenação entre respiração, core e pavimento pélvico;
• Presença de sintomas associados (perdas de urina, dor lombar, instabilidade).
A partir daí, o plano pode incluir:
• Exercícios respiratórios e posturais para reativar o core de dentro para fora;
• Movimentos suaves e progressivos, adaptados à fase do pós-parto em que estás;
• Trabalho direto com o pavimento pélvico, para restaurar o equilíbrio muscular e evitar compensações.
Tudo com segurança, personalização e sem pressa.
“Mas ouvi dizer que é só fazer abdominais…”
Nem pensar. Alguns exercícios tradicionais, especialmente os abdominais “clássicos”, podem agravar a diástase e aumentar a pressão intra-abdominal. O que parece ajudar, na verdade pode estar a causar mais dano.
Cada corpo precisa de uma progressão própria, começando pelo controlo respiratório e pelo reforço do transverso abdominal, e não pela força bruta.
Vives em Espinho ou arredores?
Na zona de Espinho, Gaia, Santa Maria da Feira, Ovar ou Esmoriz, encontras na Romã fisioterapeutas especializadas em pós-parto que sabem olhar para o corpo como um todo. Que não se limitam a medir a distância da diástase, mas avaliam como o teu corpo se move, respira e se organiza no dia a dia.
Em resumo?
Recuperar da diástase não é só estética, é saúde.
E o pavimento pélvico faz parte dessa equação.
Se sentes que a tua barriga não voltou ao lugar, ou notas sintomas associados, há formas seguras de recuperar, e estamos por aqui para ajudar.


